Ao receber o diagnóstico, é normal que as atenções se voltem aos cuidados necessários ao bem-estar da criança. Em uma cultura em que a expectativa e sobrecarga dos afazeres familiares geralmente recaem sobre a mulher, em muitos casos, a mãe é a responsável por cuidar e atender a maioria das necessidades dos filhos típicos ou neuro divergentes, quer dizer com algumas dificuldades em decorrência dos transtornos do neurodesenvolvimento como Espectro do Autismo – TEA, Déficit de Atenção com ou sem hiperatividade – TDAH, Deficiência intelectual, Transtornos de Aprendizagem.

Com tantas demandas, essas mães deixam de priorizar o seu próprio bem-estar e o seu autocuidado e, com isso, podem chegar a um estado de esgotamento físico e socioemocional.

É preciso lembrar que o papel da sociedade é fundamental no desenvolvimento de todas as crianças e, por isso, é essencial que essa mãe recebe apoio em rede, de familiares, amigos, no ambiente de trabalho, mas também de profissionais especialistas em desenvolvimento e abordagens comportamentais, oferecendo capacitação de pais para os desafios de vida de seus filhos e também psicoterapia, proporcionando através de uma escuta ativa e empática um momento de acolhimento, dando espaço para a expressão de suas vulnerabilidades e mediando momentos de reflexão com o objetivo de recuperar a sua saúde socioemocional.
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